Era uma tarde tranquila, e eu estava ocupado organizando meus seriados do Jack Bauer e filmes do 007 e Indiana Jones quando a vi de pé na minha porta. Seu cabelo era longo e loiro, ela usava um vestido de seda azul que brilhava e estava tão apertado que chegou a cortar a minha circulação sanguinea. Ela segurava sensualmente uma garrafa de Veuve Clicquot e duas taças.
"Desculpe-me intrometer detetive", disse ela, "mas sua secretária está dormindo."
"Sim", eu disse: "ela sofre de insonia."
Nós nos olhamos por um momento até que ela finalmente se inclinou em minha direção quase que avançando sobre mim com seu decote.
"Você esta bem equipada", disse eu, olhando para a garrafa - ok...nao era bem a garrafa. "Eu tenho um certo fascínio com as viúvas."
Ela se ajeito na cadeira ao melhor estilo Instinto Fatal e disse: "Eu tenho um problema."
"Só um?" Eu perguntei. "Eu acho difícil de acreditar."
Ela tentou esconder o seu sorriso e em seguida, tirou a rolha da garrafa de espumante.
"Oh," ela sussurrou. "Eu fui um pouco prematura ...".
Eu enchi as taças. "O que posso fazer por você, senhorita ...?"
"Van Dimirra ... Maria Van Dimirrrra", disse ela, fazendo beicinho que eu não quero me arriscar a descrever. Bebi o Champagne e esperei. Finalmente ela disse: "Eu tenho em minha posse uma garrafa muito rara de um vinho francês. É muito valioso. Há certos investidores que gostariam de te-lo em suas mãos . "Ela me olhou. "Diga-me, Sr. Casagrande, você possui uma arma?"
"Sim".
"Você atiraria com ela?" Maria perguntou
"Eu não martelo pregos com ela."
Ela riu e serviu-se de mais Champanhe, em seguida, ficou séria. "Francamente, estou com medo. Eu sei que estou sendo seguida. Eu quero que o senhor garanta a segurança desta garrafa. "Ela colocou uma chave sobre a mesa. "Eu coloquei o vinho em um armário na rodoviaria do Tiete."
Essa foi sua primeira jogada ruim. Ela era boa e quase me convenceu, mas a rodoviaria do Tiete... Algo não estava certo .
Uma hora depois eu estava na estação rodoviária. Me certifiquei que não havia sido seguido, e fui até o armário. Era uma caixa grande, e a madeira era velha e descolorida. Era mais pesado do que eu esperava. Tinha o peso de duas garrafas magnum, pelo menos. Abri com meu canivete e fiquei surpreso, chocado mesmo. A garrafa pode valer realmente uma pequena fortuna.
Três dias se passaram ...
... E nenhuma palavra da senhorita Van Dimirra. Eu passei a noite em uma degustação da ABS e estava precisando urgentemente de um limpador de linguas. Havia uma garrafa de conhaque no meu escritório, e assim que eu abri a porta, as luzes se acenderam. Maria Van Dimirra estava lá, olhar melancólico, e ao lado dela um cara extremamente magro de terno branco com uma arma. Sentado atrás da minha mesa estava um rosto conhecido, Botelho, conhecido por todos como o Somellier Gordo.
"Olá, Botelho", disse eu. "Deu uma festa e não me convidou?
"Oh Casagrande", Maria disse: "Sinto muito, mas eles fizeram ..."
"Cale a boca!" O homem magricela gritou.
"Civilidade, Porpeta, sempre civilidade", Botelho avisou. "Mas vamos divagar. O assunto em questão é a minha garrafa. Onde ela está? "
"Sua garrafa?" Eu perguntei.
"Ela disse o contrário?" Botelho olhou para Maria. Um riso sacudiu todo o corpo. Ele virou para mim. "Na realidade, ela fugiu com a minha garrafa."
Maria sorriu timidamente.
"Agora, detetive", Botelho disse, "nós já procuramos no seu flat, sem sucesso."
"Você está sem vinho e sua mussarella vai estragar se não come-la logo", acrescentou o magricela.
"E parece que a garrafa nao está no seu escritório também", disse Botelho.
"O que você quer dizer? Esta ali mesmo debaixo da minha mesa ", disse ceticamente.
Ele rolou para trás como se fosse uma peça de churrasco grego e olhou para baixo. "De fato, ele fala serio", disse ele, voltando-se para o magricela. "Como você poderia ignorar isso Porpeta?"
"Eu pensei que você tinha dito que cuidaria da secretária, chefe. ", disse o magricela.
"Querido filho , eu sou o gênio, você é o capanga. Masterminds não procuram, mandam procurar ! "
O capanga magrela correu e ergueu a caixa sobre a mesa e apontando sua arma para mim disse: "Você faz isso. Eu quero ficar de olho em você. "
Abri a caixa e Botelho teve seu rosto iluminado. "Finalmente, eu tenho você", disse ele, erguendo uma garrafa grande de fora da caixa. "Detetive, você não tem idéia do valor desse vinho".
"Try me pal", eu disse.
"Esta no nível de uma garrafa de vinho do Château d'Yquem 1915, engarrafado durante o auge da Primeira Guerra Mundial, quando os alemães ocuparam Bordeaux, e assinado pelo próprio Kaiser Wilhelm. Isto vale o resgate de um rei! "
"Sem valor algum, voce quer dizer," provoquei.
Intrigado, o Somellier Gordo perguntou, "O que você quer dizer?"
"Em primeiro lugar, os alemães nunca ocuparam Bordeaux durante a Primeira Guerra Mundial e d'Yquem nem sequer tinha uma garrafa de vinho em 1915. "
"Você está mentindo", disse ele.
"Por que eu mentiria?"
Botelho me observou em silêncio por um tempo, então disse com um sorriso triste, "Conhecendo você como eu conheço, eu não acredito."
Ele jogou a caixa sobre a mesa. Pegou a garrafa, olhou para Maria, em seguida, atirou-a para seu capanga. Reflexivamente, ele se esforçou para pegar a garrafa.
Aproveitei o momento para levar meu punho ao seu queixo, cambalenado para trás, o campanga acabou quebrando a garrafa sobre a mesa.
Botelho gargalhando estericamente provou um pouco do vinho que havia sido derramado sobre a mesa . Lançou um olhar de expectativa. Dei de ombros e fui experimentar tambem. Tentamos sentir os aromas, em seguida bebemos.
"Ineressante", concordamos, "mas extremamente exagerado na madeira"
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Nota do Autor: Nao seria justo deixar de escrever uma historia de detetive sem ter uma loira sensual e ladra.
"Desculpe-me intrometer detetive", disse ela, "mas sua secretária está dormindo."
"Sim", eu disse: "ela sofre de insonia."
Nós nos olhamos por um momento até que ela finalmente se inclinou em minha direção quase que avançando sobre mim com seu decote.
"Você esta bem equipada", disse eu, olhando para a garrafa - ok...nao era bem a garrafa. "Eu tenho um certo fascínio com as viúvas."
Ela se ajeito na cadeira ao melhor estilo Instinto Fatal e disse: "Eu tenho um problema."
"Só um?" Eu perguntei. "Eu acho difícil de acreditar."
Ela tentou esconder o seu sorriso e em seguida, tirou a rolha da garrafa de espumante.
"Oh," ela sussurrou. "Eu fui um pouco prematura ...".
Eu enchi as taças. "O que posso fazer por você, senhorita ...?"
"Van Dimirra ... Maria Van Dimirrrra", disse ela, fazendo beicinho que eu não quero me arriscar a descrever. Bebi o Champagne e esperei. Finalmente ela disse: "Eu tenho em minha posse uma garrafa muito rara de um vinho francês. É muito valioso. Há certos investidores que gostariam de te-lo em suas mãos . "Ela me olhou. "Diga-me, Sr. Casagrande, você possui uma arma?"
"Sim".
"Você atiraria com ela?" Maria perguntou
"Eu não martelo pregos com ela."
Ela riu e serviu-se de mais Champanhe, em seguida, ficou séria. "Francamente, estou com medo. Eu sei que estou sendo seguida. Eu quero que o senhor garanta a segurança desta garrafa. "Ela colocou uma chave sobre a mesa. "Eu coloquei o vinho em um armário na rodoviaria do Tiete."
Essa foi sua primeira jogada ruim. Ela era boa e quase me convenceu, mas a rodoviaria do Tiete... Algo não estava certo .
Uma hora depois eu estava na estação rodoviária. Me certifiquei que não havia sido seguido, e fui até o armário. Era uma caixa grande, e a madeira era velha e descolorida. Era mais pesado do que eu esperava. Tinha o peso de duas garrafas magnum, pelo menos. Abri com meu canivete e fiquei surpreso, chocado mesmo. A garrafa pode valer realmente uma pequena fortuna.
Três dias se passaram ...
... E nenhuma palavra da senhorita Van Dimirra. Eu passei a noite em uma degustação da ABS e estava precisando urgentemente de um limpador de linguas. Havia uma garrafa de conhaque no meu escritório, e assim que eu abri a porta, as luzes se acenderam. Maria Van Dimirra estava lá, olhar melancólico, e ao lado dela um cara extremamente magro de terno branco com uma arma. Sentado atrás da minha mesa estava um rosto conhecido, Botelho, conhecido por todos como o Somellier Gordo.
"Olá, Botelho", disse eu. "Deu uma festa e não me convidou?
"Oh Casagrande", Maria disse: "Sinto muito, mas eles fizeram ..."
"Cale a boca!" O homem magricela gritou.
"Civilidade, Porpeta, sempre civilidade", Botelho avisou. "Mas vamos divagar. O assunto em questão é a minha garrafa. Onde ela está? "
"Sua garrafa?" Eu perguntei.
"Ela disse o contrário?" Botelho olhou para Maria. Um riso sacudiu todo o corpo. Ele virou para mim. "Na realidade, ela fugiu com a minha garrafa."
Maria sorriu timidamente.
"Agora, detetive", Botelho disse, "nós já procuramos no seu flat, sem sucesso."
"Você está sem vinho e sua mussarella vai estragar se não come-la logo", acrescentou o magricela.
"E parece que a garrafa nao está no seu escritório também", disse Botelho.
"O que você quer dizer? Esta ali mesmo debaixo da minha mesa ", disse ceticamente.
Ele rolou para trás como se fosse uma peça de churrasco grego e olhou para baixo. "De fato, ele fala serio", disse ele, voltando-se para o magricela. "Como você poderia ignorar isso Porpeta?"
"Eu pensei que você tinha dito que cuidaria da secretária, chefe. ", disse o magricela.
"Querido filho , eu sou o gênio, você é o capanga. Masterminds não procuram, mandam procurar ! "
O capanga magrela correu e ergueu a caixa sobre a mesa e apontando sua arma para mim disse: "Você faz isso. Eu quero ficar de olho em você. "
Abri a caixa e Botelho teve seu rosto iluminado. "Finalmente, eu tenho você", disse ele, erguendo uma garrafa grande de fora da caixa. "Detetive, você não tem idéia do valor desse vinho".
"Try me pal", eu disse.
"Esta no nível de uma garrafa de vinho do Château d'Yquem 1915, engarrafado durante o auge da Primeira Guerra Mundial, quando os alemães ocuparam Bordeaux, e assinado pelo próprio Kaiser Wilhelm. Isto vale o resgate de um rei! "
"Sem valor algum, voce quer dizer," provoquei.
Intrigado, o Somellier Gordo perguntou, "O que você quer dizer?"
"Em primeiro lugar, os alemães nunca ocuparam Bordeaux durante a Primeira Guerra Mundial e d'Yquem nem sequer tinha uma garrafa de vinho em 1915. "
"Você está mentindo", disse ele.
"Por que eu mentiria?"
Botelho me observou em silêncio por um tempo, então disse com um sorriso triste, "Conhecendo você como eu conheço, eu não acredito."
Ele jogou a caixa sobre a mesa. Pegou a garrafa, olhou para Maria, em seguida, atirou-a para seu capanga. Reflexivamente, ele se esforçou para pegar a garrafa.
Aproveitei o momento para levar meu punho ao seu queixo, cambalenado para trás, o campanga acabou quebrando a garrafa sobre a mesa.
Botelho gargalhando estericamente provou um pouco do vinho que havia sido derramado sobre a mesa . Lançou um olhar de expectativa. Dei de ombros e fui experimentar tambem. Tentamos sentir os aromas, em seguida bebemos.
"Ineressante", concordamos, "mas extremamente exagerado na madeira"
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Nota do Autor: Nao seria justo deixar de escrever uma historia de detetive sem ter uma loira sensual e ladra.
3 comentários:
Participei da sua degustação de vinhos portugues. Foi minha primeira degustação "seria". No final dela, apesar de meio alto, me sinto confortável em ir a qualquer restaurante caro , olhar aquele garçom francês diretamente no nariz, e ordenar o meu vinho favorito - não o que eles recomendam, independente do preço. Não tem nada a ver com sua historia de detetives mas muito a ver com o que escreve no blog e mostra em suas palestras (mesmo desagradando muita gente que eu sei ).
Parabens e obrigado
Adorei a história!! Concordo que não poderia faltar a loira fatal, seria imperdoável! rs
bjos
Muito bom ! Esse seu detetivo nao tem uma descrição fisica -rs
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