Você e o vinho



Essa semana estou com a cabeça voltada para outros assuntos e não consigo me concentrar pra escrever algo interessante. Nem com o Juça eu consegui conversar para saber qual sua mais nova idéia.

De qualquer forma não quero deixar o blog sem postagens e muito menos gastar meu tempo ou o de vocês com superficialidades. Por isso pensei em pedir a ajuda de todos que acompanham e enriquecem com seus e-mails e comentários esse blog, convidando-os a compartilhar suas histórias ao redor vinho. Como foi seu primeiro contato com o vinho ? O que ele despertou ou desperta ?

Um forte abraço e obrigado!

7 comentários:

Ana Duarte Freitas disse...

Eu lembro da noite que eu provei meu primeiro bom vinho. Meu futuro marido, Andrew e eu estávamos em um pequeno restaurante italiano na esquina do nosso apartamento. A primeira vez que fui lá, o dono perguntou se nós gostaríamos de experimentar o Brunello. Nós pensamos que era um prato regional, mas acabou por ser um vinho tinto da região central da Itália. Nós estávamos apenas aliviado por não ter que enfrentar a lista de vinhos: nenhum de nós sabia muito sobre vinho. Quando eu levantei a taça à boca, o aroma do vinho saiu correndo ao meu encontro e todos os aromas que eu nunca tinha notado surgiram. Eu umedeci meus lábios com o vinho e bebi lentamente, deixando o líquido em minha língua e deslizando de um lado a outro da minha boca. Eu não sei como descrever isso bem ainda

Emerson Rodrigues disse...

Bom, Vinho é uma coisa interessante, mas não manjo nada. Escuto os seus podcasts, leio alguma coisa mas ainda estou tentando criar coragem pra ir na ABS e bancar quase R$1000,00 por um curso de vinho

Já estive em Cafayate, província de Salta, Argentina, terra do vinho Torrontes (Vinho Branco)... muito bom...

Também já passei por Bento Gonçalves... Visitei a vinícula Aurora (duh)! Tomei coisa boa lá, rs!

Vinho suave, vinho de mesa, Country Wine, essas porcarias eu não bebo!

Uma das coisas que nunca entrou na minha cabeça e que é lugar comum é que vinho chileno é melhor que o argentino... bom, pelo menos os vinhos chilenos relativamente baratos X vinhos argentinos relativamente baratos, os vinhos argentinos de Mendoza dão de 10 x 0... foi assim comigo e com alguns amigos meus... vinhos comprados na Bacco's, recomendado por sei lá quem... o vinho chileno me deixou 'derrubado' e meus amigos também(Santa Helena, dentre outros) ... e não foi em um só ocasião... !!!

Podem falar o que for, eu não acredito em vinho chileno! Não em vinho de 20-30 reais!
Na categoria superior, mais caro, eu até acredito...

Só sei que o melhor vinho que tomei na minha vida foi um Syraz australiano... e nem era caro!
The best!

Esse negócio de vinho é complicado demais e acho que a forma que voce passa é mais simples e sem afetação... de vez em quando eu ligava no Ronnie Von(q vergonha, foi só zapeando!) e o cara sempre falava de vinho... mas, ao que parece, o Sr. Robert Parker + outro francês doido lá é que dizem o que presta e o que não presta...

Anônimo disse...

Eu acho que hoje em dia a maioria começa a tomar vinho fino do Chile e da Argentina. É interessante na argentina os malbecs rosés. Deliciosos. A malbec talvez esteja entre as uvas mais interessantes para um bom rosé pelo seu gosto de uva bem marcante. Para tintos encorpados a malbec se torna complicada pelo alto conteúdo de açúcar, são vinhos que em geral possuem um final mais adocicado, isso aumenta um pouco acidez no paladar e apaga os taninos maduros que são tão bem-vindos.

Concordo com Emerson e considero argentinos e chilenos em geral "médios". Tem muita porcaria no chile, mas muita mesmo. Lá se encontram um dos melhores vinhos do mundo ( o famoso alma viva) mas também é terra de lixeiras bem faladas (quase todos da casa tamaya e concha y toro).

O parker só está interessado no bolso dele. Desde quando algumas casas começaram a ser "favorecidas" em seus rankings ele perdeu toda a credibilidade.

Os autralianos fazem alguns dos melhores shiraz junto com os sul-africanos.

Cinthia Sazaki disse...

Minha adolescência praticamente começou e terminou na mesma escola de dança que sempre freqüentei, por trás do galpão onde todas as atividades ilícitas ocorreram. Uma delas foi meia garrafa de espumante de sidra. Não só o gosto miserável ficou por horas, mas também me fez passar o dia seguinte com uma dor lancinante de cabeça. Não bebi vinho novamente até que um dia em Campinas conheci uma pessoa que soube me apresentá-lo de forma inesquecível, como poucos sabem fazê-lo. Lembro até hoje quando o aroma me envolveu, enviando minha mente, flutuando, sobre um campo de morangos silvestres. Há um mistério bonito em alguns vinhos que fazem eternizar os sabores e os momentos.

Fernando Linhares disse...

Eu gostaria de dizer que eu posso recordar o momento em que o vinho não era parte da minha vida, mas eu realmente não posso o que é triste, dizer a partir de quando ele começou a fazer parte da minha vida já que estou apenas com 31 anos. Eu cresci com pais que gostavam de vinho, e foram felizes para explorá-lo comigo (embora com moderação).
Parte destas explorações provavelmente tem a ver com os gastos de 5 anos na Alemanha e fazer inúmeras viagens para grandes regiões produtoras de vinho - Passei uma Primavera em Itália, ajudando a escolher as uvas.

Enquanto eu crescia, meu gosto se ramificou para fora dos vinhos doces que você deixa a prova para uma criança curiosa e fui para uma direção de amostras mais amplas, os vinhos mais robustos, finalmente encontrei a minha casa no mundo dos vinhos tintos. Comecei a trabalhar no negócio de restaurante e rapidamente fui atrás de um balcão de bar e fiquei conhecido como o perito do vinho para todos os meus colegas de trabalho e faculdade.

Eu acho legal interessante o movimento desse mercado, ler as opiniões e sentimentos sobre o vinho. Eu estou sempre olhando para tentar experimentar um novo rótulo ou um novo ponto de vista e seus pontos de vistas e histórias me chamaram muita atenção me divertindo e informando ao mesmo tempo.
Parabéns pelo blog !

Sidney Brandão disse...

Comecei a tomar desde muito cedo, pois sou de família portuguesa, mas o vinho era muito simples. Sempre tomei vinho no avião para relaxar, depois comecei a estudar literaturas especializadas até culminar no curso da ABS que fez toda a diferença. Apesar do vinho estar sempre presente em minha vida nos almoços de domingo ou até mesmo durante a semana nunca dei muita atenção ao que bebia. Não lembro exatamente o que me chamou a atenção. Sei que fui gostando, experimentando e sigo assim até hoje.

Andre Martin disse...

Coisa de vampiro: SANGRIA! huahuahuahua

Ou seja, a única forma de convencer criança a beber vinho é estragando-o com água e açucar. Assim, fica parecendo menos estragado ao gosto infantil. Mas certamente coloca a criançada junto à mesa dos adultos compartilhando refeições e brindando com vinhos.

Talvez por isto, desde que me dou por gente, prefiro vinhos suaves.

Mas a técnica do papai para fazer os filhos pequenos a provar bebidas alcóolicas e sob sua vigilância, é não beber esscondido e, ao demonstrarem interesse ou curiosidade, meter o dedo mínimo no copo e fazer provar uma gota... Esse método também não lembra história de vampiros? rsrs
(ps: com as mãos limpas, obviamente)

Vale a pena experimentar